quinta-feira, 28 de maio de 2009
Sonhei com as melhores coisas, mas alguém ou algo me traz sempre a tona, numa realidade torturante onde me faz todo dia me lembrar de você. Apesar de ser um pequeno instante é o suficiente para trazer uma tristeza profunda de dentro de mim que corroem até mesmo o mais duro metal.
Tento fazer as lembranças saírem de minha cabeça, mas luto inutilmente contra elas. Torso para que a cada nascer do sol nem uma lembrança retorne, pois basta uma para me fazer entrar nas piores tristezas. As lembranças se tornaram um veneno sem cura. A cura é você, mas a vida me tirou, então convivo com o veneno que me corre e que vai de meu cérebro para meu corpo. Se o coração é a bomba principal para fazer o sangue correr por nossas veias e artérias o nosso cérebro é a bomba responsável por fazer as lembranças correrem por nosso corpo.
O cérebro, assim como o coração, não seleciona as lembranças boas que devem ser bombeadas para o corpo, infelizmente tudo é levado. Infelizmente estas lembranças me corroem cada vez mais, parece que agora levam cada pedaço do meu coração. Temo no dia em que meu ventrículo esquerdo se rompa e não mais seja capaz de bombear o sangue para o resto do corpo.
Mas tento ser forte, procuro nas minhas ocupações do dia-a-dia uma tarefa que me faça sair da sua realidade, mas ao final do dia uma surpresa... Você ainda está lá, não mais me esperando, mas lá. E isso que me dói.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Ruas de Outono
Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto
Daria pra escrever um livro
Se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Sentado sobre a ponte daquele bosque, aquele que é bastante conhecido por todos da pequena cidade, vi o sol se por. O dourado sol deixava o céu róseo, o rio azulado que por ali passava brilhava com os últimos raios e uma mancha vermelha se fez presente próximo a uma árvore ali perto. O cenário estava perfeito.
O sol me lembrava de seus cabelos dourados, o róseo do céu as maçãs do seu rosto e o azul cintilante do rio seus belos olhos... O vermelho? Era você. Por que acha então que o cenário estava tão perfeito?
quinta-feira, 7 de maio de 2009
103.5Fm a rádio de Pontizinha!
Inicia-se com todas as personagens sentadas em meia lua se preparando para a transmissão, a Radialista pede silêncio.
Radialista – Boa tarde PontizinhaAaA! Boa tarde a você nosso querido ouvinte que está curtindo essa bela tarde tomando umas no Bar do Seboso na nossa comunidade ou então está vindo pra cá para o evento mais esperado de nossa comunidade.
Alehandro – Bela tarde? Francamente mulher olha essa porra de chuva que ta caindo.
Radialista – E hoje estou aqui com alguns convidados muito queridos na comunidade. A mulher mais conhecida em Pontizinha - era para ser eu já que sou escutada por todos nesta droga - ela que criou a nossa querida comunidade, Karolaynne.
Karolaynne (arrumando a roupa e os cabelos) – Boa tarde Pontizinha! Estou muito contente em estar aqui com vocês hoje. Beijo para minha mãe Viviane, meu pai Teodoro, meu irmão Fabiano...
Radialista (estérica) – Você manda beijos no final do programa querida e ache bom por que quase nunca posso mandar. Você vai mandar beijos porque é importante, eu também sou se não eu não estaria aqui.
Karolaynne – Mas queria mandar mais do que beijos.
Alehandro (cara de assanhado) – Eita porra que essa estação é mermo boa. Manda querida manda.
Radialista – Nosso outro convidado é o Seu Alehandro que é conhecido na nossa querida comunidade de Pontizinha. Boa tarde Seu Alehandro.
Alehandro (olhando com malicia) – Muito boa.
Radialista – E nossa terceira convidada que se manteve tão quietinha até agora, ela que é dançarina e professora de dança, Delilá.
Delilá (olhando para o microfone) – Tá ligado? Posso falar?
Radialista (ficando nervosa) – Estamos no ar querida.
Delilá – Boa tarde Pontizinha é uma alegria enorme estar com vocês.
Radialista – Hoje vamos falar sobre o avento que Karolaynne está promovendo na nossa comunidade. Qual é mesmo o nome do evento Karolaynne?
Karolaynne – O nome é MOVENDO-SE EM TODAS AS IDADES.
Alehandro (falando com cara de safado) – Vou fazer muitas tetéias se moverem, ah vou.
Delilá (horrorizada) – Não é essa movimentação que ela quis dizer e sim movimentar-se com a dança. A dança que é um modo de se expressar e mostrar o que verdadeiramente você é podendo você ser criança ou idoso é para todas as idades.
Alehandro (curioso) – Mas depois tem outro tipo de movimentação não é? Sabe... Aquele tipo que é ideal para maiores de idade.
Delilá – O Senhor num tem vergonha não é?
Karolaynne – Vergonha nem umaAaA.
Radialista – Eu deveria ganhar um aumento para ficar aqui escutando essa baboseira. Deveria ter escutado minha mãe quando ela falou pra ter aceitado o emprego na Rádio Recife, mas nãaao falei pra ela que a Rádio de Pontizinha estava crescendo.
Alehandro – Vou mostrar a única coisa que cresce nesta comunidade.
Radialista (ignorando o comentário) – O evento está acontecendo neste momento e vai até quando Karolaynne?
Karolaynne – Ai, esse evento vai ser de hoje, sexta-feira, e irá até o domingo. Só para lembrar, é na Escola Municipal Pimpolhos Turimturim. Ando muito por aqui fazendo minhas coisas entende? Por isso queria que fosse por aqui, ai num precisaria ter que cansar meus pezinhos tão delicados. Sabe como é né? Pra fazer programas tem que estar linda e chique como só eu.
Radialista – E qual é o real objetivo deste evento, Delilá?
Delilá – A, mostrar que todas as idades podem dançar mover-se com a musica e, claro, exercitar-se. Muito importante hoje já que muitas pessoas são tão sedentárias não é verdade? Incluindo a dança no mundo dos moradores de Pontizinha, com certeza irá melhorar a condição física deles.
Radialista – Obrigada Delilá, ela que vai ser a instrutora de dança do evento e logo logo vai mostrar uma coreografia que vai ensinar para os participantes do evento. E você Seu Alehandro, como morador de Potizinha, o que acha dessa idéia proposta por Karolaynne?
Alehandro – BoOoOa... Boa, se esta merda num fosse ao lado de minha casa.
Radialista – O senhor num vai participar do evento?
Alehandro – Eu? Uma porra que eu vô. Quando vi aquela placa sendo colocada na escola meu *censura* já se animou, o que num acontece tão naturalmente hoje em dia, sabe como é, ai vem vocês dizendo que é de dança, broxante.
Delilá (levando a mão à boca) – Estou passada.
Karolaynne – Se acostuma querida, vejo isso quase todos os dias de velhinhos iguais a esse.
Radialista – Vamos ver agora a coreografia que Delilá pretende ensinar para os moradores de Pontizinha, I’m seve – Britney Spears. (Delilá dança) Vamos ao brake e voltamos já, já, com mais 103.5Fm a rádio de Pontizinha, fique por ai.
terça-feira, 5 de maio de 2009
Duas gafes em um mesmo minuto
Uma gafe é coisa normal, como diz o ditado: errar é humano. Mas ai vem a melhor parte: depende de quem erra. A gente vai levando a vida, errando, aprendendo com o erro, mas dependendo da pessoa esse erro é multiplicado algumas vezes transformando em catástrofes.
Foi em uma de minhas andadas pela universidade que um fato ocorreu. Eu estava na famosa graminha da UNICAP com meus amigos até que um amigo jornalista, no qual não citarei o nome, se aproximou do grupo. Ele vinha com um bloco de notas e uma caneta na mão. Seu rosto estava dizendo: minhas vitimas. Ele se sentou olhando para todos e falou que estava fazendo uma enquete e queria nossa ajuda. Como éramos amigos todos disseram que sim, que poderia responder a pergunta.
PERGUNTA: você doará seus órgãos quando morrer?
RESPOSTA: sim ou não.
PERGUNTA: por quê?
As respostas variavam, uns diziam que sim outros que não até que chegou a minha vez. Ele falou que iria gravar o que falaríamos, autorizei. Antes de qualquer coisa fiz uma pergunta: quais os órgãos que podemos doar? Ele falou alguns órgãos e o tecido. Eu na intenção de brincar falei que quando morresse não doaria meu tecido, pois queria morrer com minha pele toda no meu corpo para ficar bonito na ora de meu enterro. Ele ficou indignado falando que eu estaria morto e que depois minha pele DEGENERARIA.
Por favor, meus caros leitores prestem atenção no que o jornalista falou, na verdade ele queria dizer que a pele "REGENERARIA", mas algo aconteceu em sua mente e falou "DEGENERARIA". Eu estarei morto, como minha pele vai REGENERAR? E por favor, regenerar e degenerar são coisas divergentes. Pobres jornalistas que erram coisas biológicas. Erremos algo que não é de nossa área, mas não algo que devemos dominar. Principalmente a nossa adorável língua portuguesa. Ó língua portuguesa que tanto adoro por que maldita foi mudar? Novamente teria que tudo decorar.
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